Construcciones socioculturales sobre las/los moradores de la calle en Chile d...

Construcciones socioculturales sobre las/los moradores de la calle en Chile d...

Instituto de Ciencias

Construcciones socioculturales sobre las/los moradores de la calle en Chile de los albores del siglo XXI

A tese “Construções socioculturais sobre os moradores e moradoras de rua do Chile do início do século XXI” se baseia na realização de uma investigação sócio-antropológica que excursionou pelos processos de construção social e simbólica das pessoas moradoras de rua no Chile, segundo os marcos de interpretação e interação que os diferentes atores sociais têm usado através do tempo para nomear, classificar, conceber e interagir com elas.
Este estudo está estruturado em cinco partes, incluindo a introdução e as conclusões da pesquisa. Na introdução apresento o problema e os antecedentes que o sustentam, os objetivos, o enfoque teórico-metodológico elaborado, as estratégias de investigação empregadas e os propósitos da investigação desenvolvida. A parte I, intitulada “A sociedade dos moradores e moradoras de rua” oferece um panorama dos marcos de interpretação e interação, passados e presentes, pelos quais no Chile têm se organizado práticas e narrativas dos moradores e moradoras de rua e seus antecedentes. Aqui esboço o conceito emergente de hierarquias sócio-morais para expor os modos de conceber e organizar a alteridade aplicada às pessoas que vivem na rua. Desta forma, proporciono uma visão histórico-genealógica para apresentar tais modos através do tempo, desde a época colonial até o fim do século XX. Consequentemente, forneço elementos para compreender os processos contemporâneos de redefinição das categorias sociais estudadas e suas implicações na vida social.
A parte II, intitulada “Atores, práticas e narrativa sobre os moradores e moradoras de rua em Chile no começo do século XXI”, identifica e caracteriza dois principais atores que têm recriado marcos de referências interpretativas e interativas históricas em torno dos sujeitos, a saber: a assistência social governamental, o Estado e o voluntariado. Estes atores, com maior ou menor persistência e vigor, têm propiciado mudanças nos marcos de interpretação e interação para as pessoas que vivem na rua a nível nacional no limiar do século XXI. Cada um desses atores é apresentado em função das concepções de pessoa que aplicam os valores que justificam suas práticas e as práticas efetivas que desenvolvem a partir dos moradores e moradoras de rua. Os capítulos que englobam esta parte do estudo sugerem a diversidade de marcos de interpretação existentes no período contemporâneo, apresentando a alteridade atribuída aos sujeitos que vivem na rua como um espaço de múltiplas formas de gestão e tratamento, em lugar de um problema social simples e delimitado.
Na parte III, intitulada “Movendo lugares assinados. A alteridade próxima dos moradores e moradoras de rua do Chile no começo do século XXI”, estabeleço o papel que durante o período de 1998 a 2007 tiveram os atores identificados, a respeito da mudança nas formas e conteúdos da gestão da alteridade próxima atribuída aos moradores e moradoras de rua. Argumento que estes atores tiveram uma participação significativa e transformadora em tal discussão, porque forneceram as bases axiológicas do processo e porque se ocuparam em desenhar e implementar marcos simbólicos, materiais e institucionais para a inclusão dos sujeitos ao sistema de bem-estar estatal.
Por último, na parte IV, intitulada “Conclusões”, volto sobre os achados mais importantes da pesquisa e extraio as principais questões referidas aos marcos de interpretação e interação elaborados no processo de construção sociocultural dos moradores e moradoras de rua no Chile, advertindo como estes marcos afetam a gestão da alteridade atribuída aos moradores e moradoras de rua, assim como as hierarquias em que estes estão inscritos.

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